Vitrúvio, o homem e a arquitetura
No Renascimento, os ensinamentos de Vitrúvio passam novamente a ganhar grande importância. É nessa época que os seus livros são traduzidos para a língua italiana. Os dados antropométricos apresentados por ele, são desenhados por Leonardo Da Vinci (± em 1490) no seu célebre trabalho “L’Uomo di Vitruvio” (O Homem de Vitrúvio).
Nessa referida ilustração são apresentadas as teorias de Vitrúvio. Um dos exemplos é colocar um homem com os braços e mãos bem estendidos. A medida obtida entre uma mão até a outra é equivalente à medida da sua altura. Coisa simples! Mas é com isto que Vitrúvio demonstra a proporcionalidade entre as partes do corpo do homem e chama a atenção para o entendimento do projetar as edificações a partir do mesmo princípio. As diferentes partes do corpo do homem formam um interessante conjunto de proporções que cabem em um círculo, bem como em um quadrado.
Para Vitrúvio a arquitetura deveria seguir o mesmo entendimento de ter a proporcionalidade das partes para completar o todo harmoniosamente, pois as partes formam o todo. Para ele a composição dos “recintos dos deuses imortais”, ou seja: os templos, depende da proporção. Para ele “nenhum templo pode ser bem composto sem que se considere alguma proporção ou semelhança, a não ser que tenha exatas proporções, como as dos membros segundo uma figura humana bem constituída”.